Óscares de latão

Em boa hora procedemos à criação deste blog. Porquê? Passo a explicar.

No passado dia 24 de Fevereiro teve lugar mais uma edição dos Óscares. Um espectáculo belo que nós (europeus) devemos ter um grande orgulho. Alguns dos principais prémios como Melhor Actor Secundário, Melhor Actriz Principal, foram arrecadados por personalidades europeias que, sinceramente, muitas boas personas nunca ouviram sequer serem mencionadas.

Na minha íntima opinião, que vou passar a divulgar, penso com imensa honestidade que os Óscares passam cada vez mais por uma farsa e um acto de publicidade a bel-prazer de certas individualidades que "massacram" cada vez mais o cinema.

Não vejo a vitória europeia nesta edição como uma coisa boa. Pelo contrário, só irá prejudicar o cinema independente que tem raízes muito mais profundas na Europa do que Hollywood nos Estados Unidos da América.

Prejudicar em que sentido perguntam voçês. Bem, no sentido de publicitar algo que não necessita de ser publicitado. Vulgarizar algo que não necessita de ser vulgarizado.

Outro aspecto que merece um comentário é facto de o FantasPorto iniciar-se, não com um filme europeu que mereceu prémios oscarianos, não filmes de caracter "culto", mas sim um filme de sábado à noite denominado "Este País Não É Para Velhos".

Por certo voçês pensam que é bom já que o velho continente está bem representado nesta película com o actor espanhol Javier Bardem. De facto já é alguma coisa. Mas não será verdade que temos filmes tão bons, ou melhores, produzidos na Europa?

Será que os filmes da grande UE não têm merecido uma boa divulgação em tais festivais por (in)mérito próprio?

É esta a pergunta que vos coloco.